Finalizado
Considerando cada vez maior a possibilidade que o clima já esteja mudando e de modo drástico, a principal providência a ser tomada é começar a desenvolver formas de adaptação das atividades humanas a estas mudanças, pois os custos e impactos à inação podem ser muito elevados. A agricultura e a pecuária nacional, enquanto atividades que dependam diretamente das condições ambientais para o seu desempenho, poderão ser duramente afetadas pelas mudanças climáticas. A cana-de-açúcar tem um destaque especial neste caso devido ao interesse de ampliação da utilização de etanol no Brasil e no mundo, nos próximos anos, como forma de mitigação das emissões dos gases de efeito estufa. Há, por um lado, um grande interesse na ampliação das áreas de plantio da cana-de-açúcar visando atender as demandas crescentes de etanol, enquanto que, de outro, várias restrições justificadas pelos impactos possíveis no meio-ambiente, na segurança alimentar e nutricional, na dinâmica demográfica e na saúde humana, além das preocupações sobre os efeitos das mudanças climáticas. Essa expansão deve ser planejada, considerando a adaptação às mudanças climáticas, para que o Brasil não perca uma grande oportunidade de negócios e desenvolvimento, mas não tenha prejuízos econômicos, sociais e ambientais por causa de decisões precipitadas e sem o embasamento técnico e científico necessário. Este caso mostra o grande desafio que é adaptar um sistema produtivo complexo, com várias inter-relações, às mudanças climáticas, e como tal será tratado no projeto por especialistas de várias áreas do conhecimento. O instrumento a ser utilizado nas análises sobre a capacitação de adaptação do setor sucroalcooleiro às mudanças climáticas e, de modo geral, à capacidade de adaptação do agronegócio como um todo, serão cenários de produção de álcool combustível e impactos associados. (AU)