Finalizado
A espécie Pfaffia paniculata Kuntze (Amaranthaceae) conhecida como ginseng brasileiro pela similaridade da morfologia de suas raízes com o ginseng asiático (Panax ginseng. - Araliaceae) é muito utilizada na medicina popular como tônico afrodisíaco e antidiabético. Dentre as várias atividades terapêuticas de suas raízes inclui-se a atividade analgésica, antiinflamatória e anti-tumoral. A atividade anti-tumoral, atribuída ao ácido pfáffico presente nas raízes de P. paniculata despertou grande interesse pela comercialização desta espécie. No Brasil, embora a espécie P. paniculata seja a mais empregada em preparações comerciais a espécie P. glomerata é normalmente utilizada como seu substituto principalmente na região sul do país ou em mistura (fraude), uma vez que a P. paniculata é de difícil cultivo. É importante salientar que as espécies de P. paniculata e P. glomerata possuem constituições químicas diferentes consequentemente, diferentes atividades farmacológicas, sendo necessário a utilização de um controle de qualidade adequado para a diferenciação das espécies. Uma vez que o ácido pfáffico encontra-se presente apenas na P. paniculata, a autenticidade desta espécie pode ser realizada através da quantificação deste composto na raíz, o que vem justificar a necessidade de um método analítico validado. Porém, o principal desafio no desenvolvimento deste método analítico é a indisponibilidade comercial do padrão analítico de ácido pfáffico, levando à necessidade de isolamento do mesmo, além da dificuldade química da molécula (ausência de cromóforos e alta polaridade). A importância terapêutica da P. paniculata, sobretudo como anti-tumoral, a disponibilidade de uma coleção de diferentes genótipos no Campo Experimental do CPQBA e a falta de um método analítico apurado para o controle de qualidade desta espécie brasileira motivaram a elaboração deste projeto, que visa validar um método cromatográfico para aplicação no controle de qualidade do ginseng brasileiro