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Foto: Monica Barbosa de Melo
Monica Barbosa de Melo
Possui graduação em Ciências Biológicas pela Universidade Estadual de Campinas (1990), mestrado em Ciências Biológicas pela Universidade Estadual de Campinas (1994) e doutorado em Ciências Biológicas pela Universidade Estadual de Campinas (1998). Fez estágio de doutorado sanduíche no exterior no Wills Eye Hospital, Thomas Jefferson University, Philadelphia, PA, EUA. No período de 2001 a 2007 foi professora da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo. Atualmente é pesquisadora do Centro de Biologia Molecular e Engenharia Genética da UNICAMP (CBMEG). Tem experiência na área de Genética, com ênfase em Genética Humana e Médica, atuando principalmente nos seguintes temas: genética em doenças hematológicas e oftalmológicas. (Fonte: Currículo Lattes)
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Projetos

ALTERAÇÕES CLÍNICAS, CELULARES E MOLECULARES NAS HEMOGLOBINOPATIAS E EM OUTRAS ANEMIAS HEMOLÍTICAS HEREDITÁRIAS
Finalizado
As doenças hereditárias da hemoglobina representam uma das alterações monogênicas mais comuns da humanidade. Nas últimas décadas houve significativo progresso na elucidação da patologia molecular dos diversos distúrbios relacionados a essa proteína, que resultou em enorme avanço no controle e tratamento das doenças causadas por suas alterações. Além disso, os resultados originários destas investigações forneceram subsídios fundamentais para a elucidação de diversos aspectos básicos da estrutura e regulação gênica em humanos. O Brasil apresenta peculiar heterogeneidade regional na frequência das hemoglobinopatias. Vários estudos realizados em diferentes regiões brasileiras permitem concluir que os distúrbios hereditários das hemoglobinas, especialmente o gene da hemoglobina (Hb) S (beta-S), apresenta elevada frequência em grande parte da população brasileira. De fato, no Estado de São Paulo, cerca de 8% dos descendentes de africanos e aproximadamente 1% da população geral são heterozigotos do gene beta-S. Estimativas preliminares sugerem que, a cada ano, nascem no Brasil cerca de 2000 homozigotos de genes relacionados às hemoglobinopatias, incluindo os da talassemia beta, o da hemoglobina S, o da hemoglobina C e os heterozigotos compostos dessas alterações. Sub-projetos: 1. AVALIAÇÃO DAS VARIAÇÕES NO NÚMERO DE CÓPIAS (CNVs) NA SUSCETIBILIDADE AO ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL EM PACIENTES COM ANEMIA FALCIFORME 2. DETERMINAÇÃO DOS NÍVEIS PLASMÁTICOS DAS PROTEÍNAS SOLÚVEIS VEGF, PEDF, ANG-1, ANG-2, TNF-a, IL1-a, VCAM-1, ICAM-1, SELECTINA-E E SELECTINA-P: ASSOCIAÇÃO COM O DESENVOLVIMENTO DE RETINOPATIA FALCIFORME.
Colaboradores
ALTERAÇÕES CLÍNICAS, CELULARES E MOLECULARES NAS HEMOGLOBINOPATIAS HEREDITÁRIAS – CARACTERIZAÇÃO, DIAGNÓSTICO, PREVENÇÃO E TRATAMENTO
Finalizado
As doenças hereditárias das hemoglobinas humanas incluem as variantes estruturais, cujo exemplo clássico é a hemoglobina S (HbS), as síndromes talassêmicas, que são caracterizadas pela redução na síntese das cadeias de globinas alfa e beta, e um grupo heterogêneo de alterações caracterizadas pela Persistência Hereditária de Hemoglobina Fetal (PHHF) na vida adulta. Em seu conjunto, elas provavelmente representam as doenças monogênicas que mais comumente acometem o homem, sendo prevalentes em todas as regiões do mundo. A hipótese de que as síndromes talassêmicas e a hemoglobinopatia S alcançaram elevadas prevalências em muitas populações devido à seleção positiva pela malária, pois os heterozigotos são protegidos da doença, é hoje amplamente aceita como verdadeira. As hemoglobinopatias cursam com má qualidade de vida, sucessivas internações hospitalares, uso contínuo de medicamentos de alto custo, incapacidade para cursar escola e trabalhar regularmente, o que resulta em grande ônus para o Estado. Sua importância no conjunto das diversas populações é enfatizada pela Organização Mundial da Saúde, que reconhece que as incidências são ainda subestimadas. É certamente é o caso dos países da América Latina, onde frequências gênicas acuradas não são disponíveis e as taxas de natalidade apresentam dados conflitantes. No Brasil, a enorme diversidade étnica da população, as diferenças na composição racial de cada região do país, o fluxo migratório entre essas regiões e o elevado grau de miscigenação levam a uma heterogeneidade na distribuição e frequência das hemoglobinopatias que é acentuada pela falta de uniformidade nos métodos de investigação. Assim, apesar da existência de vários grupos no país atuando na investigação clínica e/ou laboratorial e no tratamento das alterações hereditárias da hemoglobina, isso tem sido feito de modo independente e desarticulado, havendo relativamente poucos estudos colaborativos comparando os dados clínicos, celulares e moleculares das diferentes subpopulações, nenhum onde as várias inter-relações entre investigações experimentais, básicas e clínicas, sejam conduzidas de maneira regular e padronizada. Ainda, a despeito do conhecimento geral que se dispõe no país como um todo, muito pouco se caracterizou regionalmente até o momento. Esse conhecimento é fundamental para que o diagnóstico, a política de prevenção e as formas de tratamento sejam mais racionalizadas e direcionadas às necessidades e particularidades dos pacientes de cada região do país. Objetivos Geral: Caracterizar regionalmente as alterações clínicas, celulares e moleculares das hemoglobinopatias hereditárias incidentes sobre a população brasileira, de forma que se possa ter procedimentos diagnósticos, de prevenção e de tratamento que considerem as particularidades de cada subpopulação. Serão aqui incluídas subpopulações originárias das regiões Sul (Paraná), Sudeste (São Paulo e Rio de Janeiro) e Nordeste (Bahia, Rio Grande do Norte e Pernambuco).
Colaboradores
ANÁLISE DE MUTAÇÕES E POLIMORFISMOS NO GENE PAX6 EM PACIENTES PORTADORES DE ANIRIDIA E SÍNDROME DE MORNING GLORY
Finalizado
A aniridia é um defeito congênito raro, a qual provoca uma formação incompleta ou a ausência da íris. Embora seus efeitos variem entre os indivíduos, pode causar perda de visão, geralmente bilateral. A doença pode ser de herança autossômica dominante ou de manifestação esporádica. Este fenótipo está associado a alterações no gene PAX6, localizado no cromossomo 11p13. O gene PAX6 tem sido considerado o gene principal para o controle da organização das estruturas oculares, tanto em vertebrados quanto em invertebrados. Outra doença associada a alterações no gene PAX6 é a Síndrome de Morning glory, nome dado por analogia à flor de mesmo nome, a qual se caracteriza por uma anomalia congênita rara da papila óptica. Frequentemente, afeta indivíduos do sexo feminino, sendo comumente unilateral. O diagnóstico pode se estabelecer pela apresentação de estrabismo, ambliopia, nistagmo ou leucocoria. Está também associada com graves anomalias do sistema nervoso central e com anomalias endócrinas, renais e respiratórias, tais como: coloboma, defeitos cardíacos, crescimento retardado e anomalias auditivas. A proteína codificada pelo gene PAX6 é um fator de regulação transcricional altamente conservado, que desempenha função importante para o desenvolvimento normal dos olhos, do sistema nervoso e do sistema urogenital. Mutantes heterozigotos para o gene PAX6 em humanos apresentam o fenótipo de aniridia e de doenças associadas ao desenvolvimento ocular. Pretende-se neste projeto investigar alterações no gene PAX6 em pacientes com aniridia e Síndrome de Morning Glory. Apesar de ambas as afecções não terem tratamento, o estudo molecular do gene PAX6 em indivíduos afetados torna-se fundamental para o aconselhamento genético das famílias, uma vez que a análise da doença no Brasil está concentrada em estudos clínicos. O presente estudo também pretende avaliar a variabilidade genotípica dos indivíduos afetados e fazer correlações entre o genótipo e o fenótipo.
Colaboradores
APLICAÇÃO DA TÉCNICA DE MICROARRAY DE ALTA DENSIDADE DE MARCADORES NA AVALIAÇÃO DA SUSCETIBILIDADE AO ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL EM PACIENTES COM ANEMIA FALCIFORME
Finalizado
Embora a anemia falciforme resulte da homozigosidade de uma única mutação, na posição 6 do locus da gama-hemoglobina, fenotipicamente, essa doença é muito heterogênea, de modo que diferentes pacientes podem apresentar evoluções clínicas significativamente distintas. Praticamente todos os órgãos podem ser afetados pela oclusão vascular, merecendo destaque o Sistema Nervoso Central (SNC), onde são observados acidentes isquêmicos transitórios, infartos e hemorragia cerebral, os quais acometem aproximadamente 25% dos pacientes com AF. As complicações neurológicas são graves, podendo ser fatais em até 15% dos casos.A identificação precoce de pacientes com anemia falciforme, suscetíveis à Acidente Vascular Cerebral (AVC) poderia diminuir os riscos, possivelmente prevenir a recorrência de infartos e potencialmente reduzir sua incidência. Portanto, estudos que visem identificar novos grupos de risco para o desenvolvimento de AVC em pacientes com anemia falciforme seriam fundamentais para otimizar o controle clínico desta moléstia, sendo uma dessas vias a abordagem molecular deste grupo de pacientes.Desta forma, propomos a investigação da presença de variação no número de cópias alélicas ou "Copy Number Variation" (CNV), utilizando-se lâminas de alta densidade (microarrays), com o objetivo de se identificar regiões do genoma, potencialmente envolvidas com o risco aumentado de AVC em pacientes com anemia falciforme.
Colaboradores
APLICAÇÃO DA TÉCNICA DE MICROARRAY DE ALTA DENSIDADE DE MARCADORES NA AVALIAÇÃO DA SUSCETIBILIDADE AO ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL EM PACIENTES COM ANEMIA FALCIFORME: EXTENSÃO DO PROJETO INICIAL
Finalizado
Embora a anemia falciforme (AF) resulte da homozigosidade de uma única mutação, na posição 6 do locus da ²-hemoglobina, fenotipicamente, essa doença é muito heterogênea, de modo que diferentes pacientes podem apresentar evoluções clínicas significativamente distintas. Praticamente todos os órgãos podem ser afetados pela oclusão vascular, merecendo destaque o Sistema Nervoso Central (SNC), onde são observados acidentes isquêmicos transitórios, infartos e hemorragia cerebral, os quais acometem aproximadamente 25% dos pacientes com AF. As complicações neurológicas são graves, podendo ser fatais em até 15% dos casos. A identificação precoce de pacientes com anemia falciforme, suscetíveis à Acidente Vascular Cerebral (AVC) poderia diminuir os riscos, possivelmente prevenir a recorrência de infartos e potencialmente reduzir sua incidência. Assim, propõe-se incrementar o tamanho amostral com dados já genotipados no Children's Hospital of Philadelphia, e também melhorar a análise (selecionando melhores métodos de análise e correção de estrutura populacional), concluindo com a definição dos métodos de validação ao voltar a instituição de origem. Concomitantemente, iremos comparar os indivíduos com anemia falciforme no Brasil e nos Estados Unidos, para uma melhor compreensão de como uma mutação mendeliana se comporta em diferentes populações com distintos níveis de miscigenação.
Colaboradores
APLICAÇÃO DA TÉCNICA DE RNA-SEQ NA AVALIAÇÃO DO PERFIL DE TRANSCRIÇÃO DE CÉLULAS ENDOTELIAIS E LEUCOCITÁRIAS NA RETINOPATIA FALCIFORME
Finalizado
Embora a anemia falciforme (AF) resulte da homozigosidade de uma única mutação, na posição 6 do locus da ²-hemoglobina, fenotipicamente, essa doença é muito heterogênea, de modo que diferentes pacientes podem apresentar evoluções clínicas significativamente distintas. A heterozigose composta com outras variantes de hemoglobina também modula a polimerização de HbS, sendo a hemoglobin C (HbC) a variante estrutural mais frequentemente encontrada, conjuntamente com HbS (²S²C). Tal genótipo apresenta quadro relativamente benigno, porém mais susceptível a desenvolver complicações tromboembólicas, necrose papilar renal e retinopatia. Esta última é deflagrada pela vaso-oclusão da microvasculatura ocular e pode levar ao comprometimento visual em 10 a 20% dos olhos afetados. Regressão espontânea da neovascularização tem sido relatada em 20 a 60% dos casos. A causa precisa da formação de neovasos nas doenças falciformes não está totalmente esclarecida, de tal modo que a retinopatia nestes indivíduos oferece um instigante modelo de estudo dada sua ligação com um genótipo sistemicamente mais brando, ²S²C, e a propriedade comum de regredir espontaneamente. O RNA-seq é uma técnica promissora na determinação do perfil de transcrição específica de tecidos, permitindo caracterizar não apenas transcritos codificadores de proteína, mas também uma série de RNAs regulatórios. A motivação principal do presente estudo é a caracterização da expressão gênica entre os principais tipos celulares implicados na retinopatia de indivíduos com genótipo ²S²C.
Colaboradores
ASPECTOS GENÉTICOS DO GLAUCOMA PRIMÁRIO DE ÂNGULO ABERTO (GPAA) NA POPULAÇÃO BRASILEIRA
Finalizado
No nucléolo das células eucarióticos se inicia o processo de síntese em ribossomos com a transcrição dos RNAs ribossomais. Este é um processo que acontece por ação da maquinaria de síntese ribossomal que é conservada entre eucariotos, e acontece sob ação de mais de 200 fatores que atuam de maneira transitória no processamento dos precursores que geram os rRNA maduros, futuros formadores das subunidades ribossomais no citoplasma. Atualmente são conhecidas cerca de 15 doenças e síndromes genéticas humanas associadas a mutações em genes que codificam proteínas ribossomais e fatores que atuam de forma transiente na síntese de ribossomos e que resultam em defeitos na síntese e função de ribossomos. Entre as proteínas envolvidas na síntese de ribossomos está a NIP7 que em células humanas participa do processamento de pre-rRNA que leva à síntese do rRNA de 18S e das subunidades 40S. Inicialmente foi descrita uma única proteína NIP7 de 180 amino-ácidos em células humanas, mas recentemente foi descrita uma segunda isoforma de apenas 133 amino-ácidos gerada por splicing alternativo. A proteína NIP7 humana de 180 amino-ácidos é encontrada em complexos que contém a proteína SBDS (Shwachman-Bodian-Diamond syndrome) e interage no sistema duplo-híbrido com as proteínas FTSJ3 e SUMO-2. Análise funcional da FTSJ3 já foi realizada e revelou que ela, assim como a NIP7 humana, atua no processamento dos pre-rRNAs que levam a formação do rRNA 18S e da subunidade 40S. Em levedura a proteína ortóloga de SUMO-2, SMT3, é necessária tanto para o processamento de pre-rRNA como para a exportação das subunidades ribossomais do núcleo para o citoplasma. SUMO compreende uma família de polipeptídeos evolutivamente conservados que se conjugam de maneira reversível a outras proteínas e apresenta um amplo espectro de funções celulares. A interação com NIP7 levantou a hipótese de que SUMO-2 participe da biogênese de ribossomos em células humanas. Neste trabalho planejamos analisar o mecanismo de interação entre as duas isoformas da NIP7 e a SUMO-2 bem como entender como a interação de NIP7 com SUMO-2 pode afetar sua interação com RNA. A análise funcional da SUMO-2 será feita por várias abordagens incluindo silenciamento gênico por RNA de interferência seguido da análise do processamento de pre-rRNA visando determinar se SUMO-2 atua na síntese de ribossomos. A estratégia de silenciamento gênico combinada com genes marcadores será usada também para analisar se SUMO-2 atua na exportação de subunidades ribossomais do núcleo para o citoplasma. A associação de SUMO-2 com ribossomos será estudada por meio da utilização de gradientes de sacarose e Western blots.
Colaboradores
AVALIAÇÃO DE ASPECTOS GENÉTICOS DO GLAUCOMA PRIMÁRIO DE ÂNGULO ABERTO POR MEIO DO SEQUENCIAMENTO DE EXOMA TOTAL
Finalizado
O glaucoma é uma doença neurodegenerativa de etiologia multifatorial que inclui várias complicações oculares que têm em comum o dano progressivo no nervo óptico com perda de visão correspondente. É uma das principais causas de cegueira irreversível no mundo. O glaucoma primário de ângulo aberto (GPAA) é a forma mais comum de glaucoma. O glaucoma primário de ângulo aberto juvenil (GPAAJ) é uma forma mais precoce e mais grave de glaucoma. Esta condição é dificilmente detectada precocemente, por causa da sua fase inicial assintomática, em que o tratamento previne a perda de visão permanente. Assim, a identificação de fatores genéticos é importante para auxiliar no diagnóstico precoce e estabelecer um seguimento clínico adequando. O sequenciamento de exomas tem contribuído para o diagnóstico genético e descoberta de novos genes devido ao seu custo reduzido quando comparado ao sequenciamento de genoma total, sua alta especificidade e sensibilidade, e sua capacidade de gerar uma grande quantidade de informação que pode ser útil para a compreensão dos aspectos genéticos da doença em questão. Neste estudo, nós buscamos genes candidatos em duas famílias com indivíduos com GPAA e GPAAJ por sequenciamento de exomas. Propõe-se a parceria com a Dra. Janey Wiggs, do departamento de Oftalmologia do Massachussets General Hospital para melhorar a análise dos exomas destas famílias por meio do pipeline e conhecimento do grupo, além de realizar sequenciamento de Sanger, validação in silico e análise de CNV. Além de estudos funcionais que serão importantes para identificar alelos com efeitos biológicos relevantes. (AU)
Colaboradores
AVALIAÇÃO DE ASPECTOS GENÉTICOS DO GLAUCOMA PRIMÁRIO DE ÂNGULO ABERTO POR MEIO DO SEQUENCIAMENTO DE EXOMA TOTAL
Finalizado
O glaucoma é uma doença neurodegenerativa de etiologia multifatorial que compreende inúmeras afecções oculares cujas características comuns são a lesão progressiva do nervo óptico com perda de campo visual correspondente. É uma das principais causas de cegueira irreversível no mundo, sendo o glaucoma primário de ângulo aberto (GPAA) a forma mais comum da doença. Esta afecção é dificilmente detectada precocemente, por ser assintomática em sua fase inicial, durante a qual o tratamento previne perdas definitivas da função visual. Desta forma, a identificação de aspectos genéticos é importante para auxiliar no diagnóstico precoce e estabelecer um seguimento clínico mais adequado para os pacientes. A utilização do exoma tem contribuído para o diagnóstico genético e a descoberta de novos genes, devido a seu baixo custo quando comparado ao sequenciamento de genoma total e por possuir alta sensibilidade e especificidade, sendo capaz de gerar um grande número de informações que podem ser úteis para a compreensão dos aspectos genéticos desta doença. Propõe-se neste estudo, a procura de genes candidatos em duas famílias portadoras de GPAA, por meio da análise de exoma, utilizando-se o Nextera rapid Exome Enrichment Kit® (Illumina, Inc., San Diego, CA, USA).
Colaboradores
AVALIAÇÃO DE POLIMORFISMOS NOS GENES CFH, LOC387715 E HTRA1 EM UMA POPULAÇÃO BRASILEIRA PORTADORA DE DEGENERAÇÃO MACULAR RELACIONADA À IDADE.
Finalizado
A degeneração macular relacionada à idade (DMRI) é uma doença crônica degenerativa que afeta a área macular causando diminuição da visão central. A DMRI acomete indivíduos idosos, sendo a causa mais comum de perda visual irreversível nos países desenvolvidos. É caracterizada pela presença de drusas, anormalidades do epitélio pigmentar da retina (EPR), atrofia geográfica, descolamento do EPR, neovascularização de coróide e cicatriz disciforme. A etiologia da DMRI permanece pouco esclarecida, entretanto fatores genéticos associados a fatores ambientais possuem papel importante na etiopatogenia da doença. Recentemente, observou-se a associação de alelos de suscetibilidade nos genes CFH, LOC387715 e HTRA1 para o desenvolvimento da DMRI. Este estudo será transversal, do tipo caso-controle e terá como objetivo avaliar a frequência de polimorfismos já identificados nos genes CFH, LOC387715 e HTRA1 em uma população brasileira de pacientes com DMRI intermediária e avançada e determinar o papel dessas alterações como fatores de risco para o desenvolvimento da doença.
Colaboradores
CITOCINAS INFLAMATÓRIAS E ASSOCIAÇÃO COM O TRATAMENTO E ETIOLOGIA DO GLAUCOMA PRIMÁRIO DE ÂNGULO ABERTO
Finalizado
O termo glaucoma engloba uma série de moléstias oculares que têm como característica comum a atrofia progressiva do disco óptico com alteração correspondente de campo visual, decorrente da perda de células ganglionares da retina. O glaucoma primário de ângulo aberto (GPAA) está associado a uma série de fatores de risco para sua instalação e desenvolvimento. O aumento da pressão intraocular (PIO) é considerado o principal fator de risco para desenvolvimento do GPAA. Os outros fatores de risco são: idade (relação direta), raça (mais frequente e grave em indivíduos da raça negra), história familiar de glaucoma e miopia. A suspeita do diagnóstico ocorre na presença de dano glaucomatoso típico do disco óptico associado a anormalidades correspondentes do campo visual. A PIO encontra-se geralmente elevada nos glaucomas primários (acima de 21mmHg). O tratamento estabelecido para o glaucoma é a diminuição da pressão intraocular que tem como objetivo evitar a progressão da lesão glaucomatosa do disco óptico e perdas adicionais do campo visual. A redução da PIO é obtida por meio de medicação tópica e/ou sistêmica, ou, em casos mais graves, através de procedimento cirúrgico (trabeculectomia). A trabeculectomia consiste na realização de uma fístula, envolvendo tecido escleral e episcleral, protegida comunicando a câmara anterior ao espaço subconjuntival resultando em um aumento do escoamento do humor aquoso e, consequentemente, na redução da PIO. Esta diminuição da PIO depende de um equilíbrio entre inflamação e fibrose no tecido episcleral para evitar hipotonia, mas não o suficiente para cicatrização completa da fístula formada. Dentre as proteínas envolvidas na modulação da cicatrização da trabeculectomia foram selecionadas TGF-beta2, IL1-beta, TNF-alfa, IL8 e IL6, as quais estão diretamente envolvidas no processo de cicatrização da trabeculectomia. Um dos objetivos do projeto é quantificar os níveis plasmáticos destas proteínas em pacientes com GPAA submetidos à primeira trabeculectomia em dois momentos (antes da cirurgia e no sétimo dia pós-operatório), assim como a concentração destas no humor aquoso obtido no momento do procedimento cirúrgico com o objetivo de correlacionar os níveis proteicos e a resposta cirúrgica incluindo o controle da PIO, as complicações pós-operatórias e o aspecto da bolha cirúrgica. Os valores serão comparados com os níveis obtidos nas mesmas amostras de pacientes submetidos à cirurgia de catarata. Além disso, com o intuito de se aprimorar o conhecimento sobre o papel que algumas citocinas desempenham em relação à etiologia da doença, pretende-se avaliar em uma população brasileira de indivíduos portadores de GPAA e em indivíduos controle, sem a doença, a distribuição das variantes genéticas ou polimorfismos nos genes IL1A, IL1B e TNFA.
Colaboradores
COMPARAÇÃO GENÉTICA E FENOTÍPICA DO GLAUCOMA CONGÊNITO PRIMÁRIO NO BRASIL E NA ÍNDIA
Finalizado
O glaucoma congênito primário (GCP) é uma doença ocular rara, que se manifesta antes dos três anos de idade, caracterizada por alteração do seio camerular durante a embriogênese, com consequente aumento da pressão intraocular (PIO), aumento excessivo do globo ocular (incluindo aumento do diâmetro e edema corneano) e escavação glaucomatosa do disco óptico. O GCP é atribuído, em grande parte a mutações no gene CYP1B1. A frequência de mutações neste gene é muito variável entre as populações estudadas, observando-se mutações específicas de algumas populações assim como as mesmas mutações em diferentes grupos, compartilhando um haplótipo comum, o que pode ser observado entre pacientes do Brasil e da Índia. Este estudo pretende avaliar as semelhanças e diferenças com relação às bases genéticas do GCP entre pacientes brasileiros e indianos e compreender melhor a origem e migração das mutações através destas populações. Os objetivos primários são: 1. Avaliar estruturalmente o gene CYP1B1 em pacientes brasileiros baseando-se em critérios clínicos e protocolos experimentais padronizados entre ambos os grupos e observar o espectro de mutações assim como dos haplótipos associados às mesmas; 2. Comparar os aspectos clínicos (fenótipo) dos pacientes brasileiros e indianos que eventualmente compartilhem as mesmas mutações no gene CYP1B1; 3 Avaliar o envolvimento dos loci GLC3B e GLC3C, assim como do gene LTBP2 em pacientes que não apresentem mutações no gene CYP1B1 e compreender seu papel na patogênese da doença.
Colaboradores
ESTUDO DE ALTERAÇÕES ESTRUTURAIS NOS GENES CX46, CX50 E HSF4 EM PACIENTES COM CATARATA CONGÊNITA
Finalizado
A catarata congênita é a principal causa de cegueira reversível na infância, com prevalência de um a cinco casos por 10.000 nascidos vivos. A forma hereditária corresponde a cerca de 50% desses casos, sendo a herança autossômica dominante a mais frequente, mas também sendo observada herança autossômica recessiva e ligada ao X. As alterações genéticas responsáveis pela catarata congênita não-sindrômica levam a mudanças nas proteínas do cristalino: cristalinas, conexinas, MIPs (proteínas intrínsecas maiores) e BFSP2 ("Beaded Filament Structural Protein 2") do citoesqueleto. Também estão associadas à doença mutações na sequência de nucleotídeos do elemento responsivo ao ferro (IRE) do gene "Lightferritin" (LFT) e alterações nos genes relacionados ao desenvolvimento ocular: HSF4 ("Heat Shock Transcription Factor 4"), PITX3 ("Paired-like Homeodomain Transcription Factor 3") e MAF ("Avian Musculoaponeurotic Fibrosarcoma"). As cataratas nuclear e lamelar são duas das formas mais comuns das opacidades congênitas, e alterações nos genes CX46 e CX50, que codificam as proteínas conexinas, têm sido relacionadas ao fenótipo nuclear, enquanto alterações no gene HSF4 têm sido associadas ao fenótipo lamelar. O presente estudo tem como objetivo, por meio de sequenciamento direto, determinar alterações estruturais presentes nos genes CX46, CX50 e HSF4 em pacientes com catarata congênita bilateral nuclear e lamelar com etiologia hereditária, comparando com dados da literatura, permitindo melhor compreensão das cataratas congênitas hereditárias e da relação existente com as alterações estruturais encontradas.
Colaboradores
INVESTIGAÇÃO DE GENES DE SUSCETIBILIDADE À ÚLCERA DE PERNA EM PACIENTES COM ANEMIA FALCIFORME
Finalizado
Embora a Anemia Falciforme (AF) resulte da homozigosidade de uma única mutação na posição 6 do locus da beta-globina, o quadro clínico dessa doença é muito heterogêneo, de modo que diferentes pacientes podem apresentar evoluções clínicas significativamente distintas. Praticamente todos os órgãos podem ser afetados pela oclusão vascular, sendo a úlcera de perna uma das complicações que exerce impacto altamente negativo à qualidade de vida em pacientes com AF, além de estar relacionada com a gravidade do quadro clínico da doença. Sua prevalência, dependendo de fatores socioeconômicos e da população de estudo, varia entre 2,5% nos EUA e 40% na Jamaica. A literatura evidencia a existência de um componente genético importante para o aparecimento desta complicação, fazendo com que estudos detalhados permitam uma melhor compreensão da mesma, abrindo caminho para futuros estudos genéticos e terapêuticos. Desta forma, buscando determinar quais variantes aumentam o risco de desenvolvimento de úlcera de perna em uma amostra da população brasileira, propomos duas abordagens: a análise das principais variantes já descritas associadas à AF e a outras desordens por meio da tecnologia OpenArray® e a busca de variantes raras por meio do sequenciamento de exomas. (AU)
Colaboradores
TRANSCRIPTÔMICA EM PLACENTAS DE PACIENTES PORTADORAS DE DOENÇA FALCIFORME
Finalizado
As doenças falciformes (DF) constituem um grupo de patologias genéticas que tem como característica comum a presença da hemoglobina (Hb) S, uma proteína mutante que sofre polimerização sob baixas tensões de oxigênio, gerando vaso-oclusão. A obstrução e a lesão do endotélio vascular e dos tecidos causam uma resposta inflamatória que, por sua vez, resulta em um estado inflamatório crônico nos pacientes com DF. A gravidez nesta patologia é acompanhada por uma incidência aumentada de episódios de dor, infecções, pielonefrite, complicações pulmonares, eventos tromboembólicos e pré-eclâmpsia. A circulação placentária materna é suscetível à vaso-oclusão, o que pode contribuir para as áreas de fibrose, necrose das vilosidades e infarto na placenta. No entanto, os mecanismos responsáveis pelo desencadeamento destas complicações e a fisiopatologia envolvida ainda são pouco explorados. Como hipótese é possível que haja desregulação na expressão de algumas vias como a inflamatória, a endotelial e a de estresse oxidativo, devido à polimerização da Hb S. Portanto, propomos um estudo prospectivo, do tipo caso-controle, com avaliação de 5 grupos: grupo 1 gestantes com DF e complicações (Hb SS, n=3), grupo 2 gestantes com DF sem complicações (Hb SS, n=3), grupo 3 gestantes com DF e complicações (Hb SC, n=3), grupo 4 gestantes com DF sem complicações (Hb SC, n=3) e grupo 5 gestantes sem DF (Hb AA n=3). O objetivo central da pesquisa será analisar a expressão gênica em larga escala através da técnica de RNA-Seq em placentas de mulheres portadoras de DF. Esta técnica poderá fornecer importantes dados para uma melhor compreensão de como a doença afeta a fisiologia da placenta e aumenta os riscos de complicações materna e fetal.
Colaboradores
VALIDAÇÃO DE GENES DIFERENCIALMENTE EXPRESSOS RELACIONADOS À RETINOPATIA FALCIFORME PROLIFERATIVA IDENTIFICADOS POR RNASEQ
Finalizado
A anemia falciforme é proveniente de uma mutação em homozigose onde a alteração de um nucleotídeo resulta na mudança de um aminoácido produzindo uma proteína anormal, HbS. Existem diferentes associações com a hemoglobina S, a mais frequente delas é a hemoglobinopatia SC que possui as hemoglobinas mutantes HbS e HbC. Hemácias que possuem uma razão alta de HbS quando expostas a situações de hipóxia são vulneráveis a um processo de polimerização que compromete a forma e a integridade da célula. Essas alterações são responsáveis pela ocorrência de diversos fenômenos vaso oclusivos levando a complicações cardiovasculares, pulmonares e oftalmológicas. Embora apresentem os mesmos sintomas, a hemoglobinopatia SC e a anemia falciforme, apresentam diferenças na frequência destes, com a anemia falciforme apresentando mais sintomas sistêmicos e a hemoglobinopatia SC mais sintomas oftalmológicos. Destes últimos podemos citar a retinopatia falciforme, onde a vaso oclusão de artérias na retina periférica pode levar a um processo de neovascularização que pode se desdobrar em hemorragia vítrea e descolamento de retina causando grandes prejuízos a visão. Este trabalho busca validar dados, obtidos pelo uso da técnica RNA-seq em cultura de células endoteliais isoladas de sangue periférico de pacientes SC com retinopatia (Grupo I) e sem retinopatia (Grupo II). Dois genes mais expressos no Grupo I, ROBO1 e SLC38A, ambos associados a angiogênese, e assim a retinopatia, foram selecionados para a validação por meio das técnicas RT-qPCR e Western Blot. Essa análise poderá consolidar os resultados anteriores permitindo um melhor entendimento dos mecanismos envolvidos na retinopatia falciforme. (AU)
Colaboradores
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