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Quarta-feira, 27 de março de 2024 - Por Rafael Brandão
Unicamp aprova criação do Núcleo de Estudos Afro-Brasileiros (NEAB)
Novo núcleo será integrado à Coordenadoria de Centros e Núcleos Interdisciplinares de Pesquisa da Unicamp (COCEN)
Imagem: Ilustração: Edson Ikê
Ilustração: Edson Ikê
Desenvolver pesquisas interdisciplinares sobre diversos aspectos da população afro-brasileira, relações étnico-raciais e ações afirmativas. Essa é a missão do Núcleo de Estudos Afro-Brasileiros da Unicamp (NEAB), que teve sua criação aprovada na 185ª Sessão Ordinária do Conselho Universitário (CONSU), realizada ontem (26). "Estamos fazendo história", disse o pró-reitor de extensão e cultura, Fernando Coelho, que presidiu o grupo de trabalho sobre a criação do NEAB. "A Unicamp é uma das únicas universidades públicas do país que ainda não tinha um núcleo estabelecido sobre essa temática", acrescentou. O núcleo será incorporado à Coordenadoria de Centros e Núcleos Interdisciplinares de Pesquisa da Unicamp (COCEN). Além de pesquisa, promoverá atividades de extensão, formação de professores e aprimoramento das ações afirmativas na universidade. O grupo de trabalho ouviu pesquisadores, estudantes, movimentos sociais e representantes de comunidades negras de várias partes do país e da região metropolitana de Campinas. "Todos sabemos a respeito da grande contribuição cultural, em vários momentos da vida pública brasileira, que a população preta e parda vem apresentando. Então, é muito relevante para a universidade ter um núcleo dessa natureza", completou o pró-reitor. A coordenadora da COCEN, Ana Carolina de Moura Delfim Maciel, fez parte do grupo de trabalho e celebrou a aprovação da criação do NEAB. "Estamos muito felizes por ter esse tema em pauta. Eu tive a honra de acompanhar esse processo e de participar do grupo de trabalho, que traz em seu relatório final que o racismo no Brasil é um tabu. Contra o tabu, temos que ter institucionalização: institucionalizar esse grupo que já se inicia partindo de um relatório bastante substancial!", disse Ana Carolina. Para a COCEN, o NEAB traz ainda a vivacidade de ser o primeiro núcleo criado nos últimos 30 anos. "É histórico que estejamos quebrando um jejum de três décadas. É com muita emoção que recebemos o NEAB em nosso sistema", declarou Ana Carolina. A criação do NEAB foi apoiada, em carta oficial, por 25 organizações governamentais e não governamentais, de várias instâncias e regiões do país. Embora ainda não tivesse um núcleo estabelecido sobre estudos afro-brasileiros, a Unicamp tem uma tradição histórica de produção acadêmica nessa temática, de modo que tentativas anteriores de institucionalização já haviam sido feitas. Nos anos 1980, quando se iniciava a redemocratização, foi criado o Grupo de Estudos Afro-Brasileiros, vinculado ao Centro de Memória da Unicamp - que também faz parte do Sistema COCEN. Já em 2009, ensaiou-se a criação do Programa de Integração Cultural Afro-Brasileira da Unicamp (FICAFRO). O grupo de trabalho que resultou na criação do NEAB foi proposto em 2018, a partir da pesquisa "A consolidação da Lei 10.639 no município de Campinas", realizada em cooperação entre a Comissão de Educação da Câmara de Vereadores de Campinas, Faculdade de Educação da Unicamp e Instituto Federal de São Paulo. Dados levantados pelo grupo de trabalho mostram a tendência de crescimento das pesquisas acadêmicas no campo das relações étnico-raciais, ao passo em que, na Unicamp, essa produção ainda é incipiente em relação ao volume total de pesquisas realizadas.
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