Os Centros e Núcleos Interdisciplinares de Pesquisa da Universidade Estadual de Campinas integrantes do sistema COCEN/Unicamp têm se empenhado em diferentes frentes de combate para enfrentar a pandemia de Covid-19, doença infecciosa causada pelo vírus SARS-COV-2, popularmente conhecido por Coronavírus. A doença causa uma infecção do trato respiratório cujos sintomas variam de algo leve, semelhante a um resfriado, até complicações que podem levar à morte.
Em entrevista, Leonardo Abdala Elias, Diretor do Centro de Engenharia Biomédica (CEB/COCEN), contou como o Centro, que atua há mais de 35 anos no apoio à área de saúde da Unicamp, tem agido diante da situação: "A ideia é que nenhum equipamento fique parado por falta de manutenção, mas não só os ventiladores mecânicos, como também todos os equipamentos críticos utilizados no tratamento da doença".
Leonardo conta que o CEB tem intensificado suas ações na manutenção dos aparelhos hospitalares, buscando reparar equipamentos que estavam aguardando manutenção e mantendo toda a aparelhagem crítica para o tratamento da doença em pleno funcionamento, evitando assim complicações por falhas mecânicas. Com isso em vista, o Centro realizou na última semana um levantamento de peças e insumos que poderão demandar maior periodicidade de troca durante a crise. "Nosso objetivo é antecipar a compra e manter um estoque de emergência para que possamos atuar rapidamente na manutenção quando algum equipamento apresentar falha". A produção de algumas dessas peças de reposição será feita no Laboratório de Biofabricação (BIOFABRIS), que além destes componentes, vem se preparando para dar início à produção equipamentos de proteção individual (EPIs) para profissionais da saúde através da impressão 3D.
O Diretor do CEB declarou ainda que o Centro pretende contatar iniciativas nacionais desta natureza para estabelecer possíveis parcerias de apoio: "Temos experiência neste assunto e acreditamos que o reparo dos equipamentos parados pode ser importante para suprir a demanda que ocorrerá no pico da pandemia".
A Unicamp criou no início de março uma Força-Tarefa na tentativa de buscar soluções para evitar a disseminação da doença, bem como desenvolver tratamentos para pacientes acometidos pela doença. Nesse sentido, vários pesquisadores, docentes e alunos vêm colaborando nas ações, assim como está fazendo o CEB. O Centro de Componentes Semicondutores e Nanotecnologias (CCSNano), por exemplo, além de ter disponibilizado seus laboratórios de pesquisa para testes diversos de dispositivos, está realizando pesquisas sobre a aplicabilidade dos materiais que estudam para o combate da pandemia: "Temos linhas de pesquisa em grafeno/grafite com várias aplicações tecnológicas, mas estamos ainda em fase de pesquisa e teste", declara Raluca Savu, pesquisadora do Centro.
O Centro de Engenharia Biomédica atua desde 1982 para congregar esforços no desenvolvimento de atividades na área de Engenharia Biomédica e Física Médica. O Centro, cujo trabalho é reconhecido nacional e internacionalmente, atua em diversos níveis, apoiando a formação de profissionais e desenvolvendo ações de Pesquisa e Extensão Universitária. Além de prestar assessoria na área de tecnologia aplicada à saúde, o CEB desenvolve pesquisa quantitativa, básica e aplicada, envolvendo fenômenos e sistemas biológicos.
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