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Sábado, 25 de março de 2023 - Por Rafael Brandão
Doada pelo NICS, coleção com mais de 5 mil discos está aberta ao público no Instituto de Artes
Acervo contém obras de vários países, épocas e gêneros musicais, inclusive raridades
Imagem: O profissional para assuntos administrativos do NICS, Dante Pezzin, mostra discos do acervo CDSON. Foto: Antonio Scarpinetti.
O profissional para assuntos administrativos do NICS, Dante Pezzin, mostra discos do acervo CDSON. Foto: Antonio Scarpinetti.
A fonoteca do Instituto de Artes (IA) da Unicamp teve seu acervo enriquecido pela coleção CDSON, doada pelo Núcleo Interdisciplinar de Comunicação Sonora (NICS/COCEN). São mais de cinco mil discos de vinil, de vários países, épocas e gêneros musicais, com clássicos e raridades de música erudita, sacra e popular, agora disponíveis ao público. A maior parte da coleção foi doada à Unicamp na década de 1990 pelo então adido cultural da embaixada francesa no Brasil, Pierre Montouchet - que, além do acervo, deixou vários bens para a universidade em seu testamento. "São discos que a gente não tinha, inclusive alguns bem raros, que fogem do convencional e chegam para enriquecer nosso acervo", diz Daniel Beraldo, responsável pela fonoteca do IA, que agora conta com cerca de 11 mil LPs no total. "Qualquer pessoa que tenha interesse pode vir, consultar o acervo, escolher o disco e escutar no aparelho de som que temos no atendimento", orienta. O coordenador do NICS, Manuel Falleiros, exalta o valor histórico e cultural dos discos reunidos por Montouchet. "Na época pré-internet, esse acervo foi de uma importância ímpar para os alunos de música e artes, por ser uma seleção de interesse musicológico". Nos últimos anos, contudo, o acervo CDSON ficou guardado, sem uso efetivo. Após avaliar diversas possibilidades para o melhor aproveitamento dos LPs, a equipe do NICS chegou à conclusão de que a opção mais indicada seria a doação para a fonoteca do IA, que possui serviço de catalogação contínua.
"Agora, vamos ter um novo aproveitamento dessa coleção, no sentido da difusão cultural", diz Manuel Falleiros, coordenador do NICS. Foto: Beatriz Bonuccelli.
"Conseguimos trazer esse conjunto de obras para o lugar certo. Agora, vamos ter um novo aproveitamento dessa coleção, no sentido da difusão cultural. Outra questão também é que há um interesse de arqueologia da mídia. Temos alunos hoje que nunca viram um LP, não sabem como funciona. Isso também é uma forma de aprendizado. Explicar como a natureza de uma mídia se desenvolve é falar sobre processos de inovação - como foi, por exemplo, sair de uma mídia física para uma digital", diz Falleiros, que assumiu a coordenação do NICS em 2022. Garimpo sonoro "Conversamos com pesquisadores antigos da universidade para resgatar a história do acervo. Assim, soubemos que o Pierre Montouchet era colecionador de discos e viajou pelo mundo, adquirindo LPs em vários países", conta o profissional de assuntos administrativos do NICS, Dante Pezzin. "Para quem é um colecionador bem modesto de vinis, como eu, é incrível vasculhar esse acervo. Um dos primeiros discos que peguei, por exemplo, era do Milton Nascimento, um daqueles exemplares que, nos sebos, custam caro", diz Dante, que se debruçou, junto com a estagiária Geovana Marchezoni, também do NICS, no trabalho de garimpar a mina de LPs, reconstituir sua história, localizar seu catálogo e formalizar sua doação à fonoteca.
No sentido horário, a estagiária do NICS, Geovana Marchezoni; o profissional administrativo do Núcleo, Dante Pezzin; o responsável pela Fonoteca, Daniel Beraldo e o coordenador do NICS, Manuel Falleiros.
Dante Pezzin e Giovana Marchezoni se debruçaram no trabalho de garimpar a mina de LPs, reconstituir sua história, localizar seu catálogo e formalizar sua doação à fonoteca. Fotos: Antonio Scarpinetti.
Geovana, que estuda ciências sociais no Instituto de Filosofia e Ciências Humanas (IFCH), destaca a importância da disponibilização do acervo à comunidade. "Saber que os discos estão em um lugar apropriado, dentro da universidade pública, onde as pessoas podem acessar, é algo excelente para quem trabalha com ciência e arte, em especial porque a gente vem de um processo muito difícil de desvalorização da cultura", avalia.
Edelson Constantino e Leonardo Arruda carregando os disco para o acervo no IA.
A equipe: Geovana Marchezoni, Leonardo Arruda, Ramon del Pino, Vytor Fernandes Gonçalves, Dante Pezzin, Edelson Constantino.
Um novo podcast sobre um antigo acervo A difusão do acervo ainda será expandida através de um novo podcast do NICS. Professores convidados farão análises sobre a relevância musical e histórica dos discos do acervo. O projeto do podcast foi aprovado no último edital PEX, da Pró-Reitoria de Extensão e Cultura (PROEC), e deve ser lançado no início do segundo semestre deste ano.
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