Finalizado
O projeto propõe analisar a qualidade de vida de sociedades complexas, tomando como referência à ocorrência de depressão entre moradores do litoral norte paulista, especialmente nos municípios de São Sebastião, Caraguatatuba, Ubatuba e Ilhabela. O estudo da depressão do ponto de vista socio-ambiental pretende ser uma contribuição importante para os trabalhos nas áreas de teoria social, sociologia ambiental e de saúde mental, já que, a importância desta morbidade no contexto contemporâneo tem se constituído de forma cada vez mais significativa, e assim carece de outros olhares e interpretações interdisciplinares ou multireferencidas. Para tanto, busca-se compreender a presença de depressão entre os moradores desses municípios, dando continuidade a outras pesquisas que foram e estão sendo desenvolvidas (FAPESP, processos n 01/00718-1; 01/05263-2 e 03/00175-3). É comum na literatura corrente associar a presença de depressão ao tecido urbano industrial, no entanto, pesquisas anteriormente realizadas estão indicando que os estados depressivos e outros transtornos mentais estão bastante disseminados na sociedade contemporânea sem distinção de espaço geográfico e de uma problemática que a especifique, no entanto, acredita-se que em cada uma dessas pesquisas tem sido possível observar particularidades e características que evidenciem significativos detalhes e especificidades que pertencem a cada um dos municípios a que estão vinculados. Os estados depressivos, nesta pesquisa, serão considerados a partir de diagnóstico que é realizado por médicos psiquiatras dos serviços públicos de cada um dos municípios. Neste sentido, a hipótese, aqui considerada, é que as transformações socio-ambientais, principalmente, aquelas ocorridas nas quatro últimas décadas, têm sido fundamentais e contribuintes deste perfil, que se manifesta na população, sendo, por fim diagnosticadas e tratadas como depressão.