Finalizado
A importância industrial e estratégica dos frutos do cerrado vem despertado o interesse de pesquisadores como é o caso da guavira, jatobá, bocaiúva, cagaita, buriti e pequi, este último com valor comercial. Entretanto, devido ao avanço das fronteiras agrícolas no cerrado, têm-se observado quedas significativas na produção, decorrentes da remoção da vegetação nativa, tornando necessárias as pesquisas que mostrem a potencialidade dos mesmos. As espécies nativas apresentam grande potencial para exploração econômica e, podem constituir-se em nova alternativa, principalmente em nichos de mercado ávidos por novidades. Além da possibilidade de exploração para consumo alimentício, as espécies frutíferas do cerrado podem ser exploradas ainda pela indústria farmacêutica, devido à presença de diferentes fitoquímicos, muitos dos quais possuem propriedade antioxidante que podem estar relacionadas com o retardo do envelhecimento e a prevenção de certas doenças degenerativas. Quanto às propriedades antimicrobianas, alguns trabalhos têm mostrado que óleos essenciais e extratos de folhas e frutas de algumas espécies do cerrado possuem atividade contra Bacillus cereus, Candida albicans, Cryptococcus neoformans, Escherichia coli, Mycobacterium tuberculosis, Pseudomonas aeruginosa e Staphylococcus aureus, constituindo uma nova alternativa de exploração das fruteiras nativas do cerrado. Do exposto, propõe-se neste projeto a determinação da atividade de extratos de folhas e resíduos (cascas e sementes) de frutos do cerrado contra fungos fitopatogênicos de frutas, visando a sua aplicação em revestimentos comestíveis para frutas.